Isso eu vivi

Encontrei a Felicidade em Lisboa / Amália Rodrigues – primeira parte

Era o ano de 2010. Calhou de existir um feriado prolongado que, calhou, de coincidir com o meu plantão de folga. Juntei mais dois ou três dias ofertados pela então Diretora de Programas da GloboNews, Mônica Labarthe, e parti para Lisboa para produzir e gravar algo à altura da fadista Amália Rodrigues. Um toma lá, da cá, ou uma mão lava a outra entre mim e o canal de notícias. Tudo por minha conta e risco na viagem. Em troca, a exibição do programa. Eu queria muito conhecer e transmitir a vida de Amália que eu ouvi desde criança na trilha sonora da culinária deliciosa da minha avó Assumpção. Uma homenagem à minha avó, à minha tia Leia – filha dessa avó – e a Portugal que tanto gosto. No Panteão, onde só o túmulo de Amália pode receber flores, encontrei uma senhora chamada Felicidade, uma amaliana. Na época, fui obrigada a omitir-lhe o nome, porque o marido não podia nem sonhar que ela visitava, dia sim e outro também, o túmulo da fadista para limpar e colocar flores. Felicidade ficou viúva e posso finalmente contar. Foi a Felicidade, a quem encontrei no Panteão, quem me colocou em contato com a Lili, uma das amalianas mais radicais que conheço, que me colocou em contato com tantas outras pessoas que estão no programa. Graças à Felicidade, o programa andou. Graças à autorização da atual Diretora da Globonews, Eugenia Moreyra, aqui reproduzo um trabalho do qual muito me orgulho. Divirta-se!

 

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